A Licenciatura em Engenharia Têxtil da Universidade do Minho preencheu todas as 20 vagas disponíveis neste ano letivo, um marco significativo que reflete a crescente valorização do setor e o reconhecimento da importância da formação em engenharia têxtil.

Engenharia Têxtil: Um curso com futuro

A falta de engenheiros têxteis tem sido uma preocupação crescente para associações setoriais, empresas e decisores políticos. Atualmente, a Universidade do Minho é a única instituição de ensino superior que mantém ativa uma Licenciatura em Engenharia Têxtil, depois de várias outras terem sido descontinuadas nos últimos anos.

Paralelamente, o setor conta também com outras formações especializadas, como a Academia do Têxtil, o Modatex e a Academia do Citeve, que têm reforçado a qualificação de profissionais através de cursos técnicos e de reconversão, muitas vezes em contexto laboral.

No entanto, o preenchimento total das vagas na UMinho mostra que a engenharia têxtil está a reconquistar o interesse dos estudantes, que veem nesta área uma oportunidade de carreira promissora.

A indústria precisa de Engenheiros Têxteis

De acordo com um inquérito promovido pela Universidade do Minho, em colaboração com a ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal e a ANIVEC – Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confeção, estima-se que o setor necessite de:

– Cerca de 200 engenheiros têxteis para colmatar saídas por reforma ou mudança de emprego;

– Cerca de 200 engenheiros têxteis para apoiar o crescimento técnico e a inovação.

Perante esta necessidade, a indústria tem investido na valorização da profissão e na comunicação sobre as oportunidades da área, contando com o apoio de associações setoriais e de iniciativas como a Academia do Têxtil, que apoia recém-graduados na entrada no mercado de trabalho.

Apostar na divulgação e atrair talento

Nos últimos anos, o Departamento de Engenharia Têxtil tem investido fortemente na promoção do curso, através de diversas ações estratégicas:

– Divulgação do curso nas escolas secundárias;

– Reportagens televisivas e notícias na comunicação social;

– Reforço da presença nas redes sociais;

– Criação de um novo site atualizado e mais acessível;

– Apoio e colaboração com ATP e ANIVEC na promoção da engenharia têxtil.

Como destaca Hélder Carvalho, diretor do Departamento de Engenharia Têxtil, “Fizemos muito por isto nos últimos dois ou três anos. Trabalhámos na promoção dos cursos nas escolas, na comunicação social, envolvemos a televisão, o Jornal Têxtil e outros meios.”

O que motiva os futuros Engenheiros Têxteis?

Os novos alunos da Licenciatura em Engenharia Têxtil apontam três grandes motivos para a sua escolha:

– A forte ligação à indústria e às empresas do setor;

– O interesse pela área da moda e pelo desenvolvimento têxtil;

– As oportunidades de carreira num setor em constante inovação e crescimento.

O preenchimento total das vagas é um excelente indicador de que a Engenharia Têxtil está a recuperar a sua relevância no ensino superior e a atrair jovens talentos para um setor que continua a ser uma peça-chave na economia nacional.

(Notícia publicada no Jornal Têxtil.)